domingo, 3 de maio de 2015

O meu "Personal learning environments"

Na disciplina de Processos Pedagógicos em e-Learning foi-nos pedido que fizéssemos uma apresentação visual sobre o nosso próprio PLE. Decidi fazer uma breve apresentação de como cheguei até aqui e do que espero no futuro...

E agora, para quem não me conhece, aqui fica um comentário sobre o mesmo, era uma vez...

Quando comecei "nesta coisa" do Ensino a Distância foi como professora, sem qualquer preparação passei de uma sala de aula presencial e tradicional para uma sala de aula virtual e não foi fácil, garanto-vos!
As questões que me surgiram foram várias mas podem ser agrupadas em dois grupos: pedagógicas e tecnológicas.
Depois desta experiência percebi que não ia conseguir largar esta nova forma de encarar o ensino. Por um lado, o futuro na educação passa de uma forma ou doutra por ele, por outro apercebi-me que ainda tinha muito para a aprender.
Desta forma, inverti a situação e de professora passei a aluna, estávamos em 2012 e comecei o Mestrado em Pedagogia em e-Learning. Neste Mestrado tentei (e tento) responder às minhas questões pedagógicas e colmatar as minhas dificuldades digitais.
Neste momento as minhas investigações têm como reflexão principal a temática Flipped Classroom.Como organizo o meu PLE atualmente? termino esta última disciplina, PPeL e trabalho no meu projeto de Flipped classroom em Filosofia. Só consigo fazê-lo por ter a liberdade de tempo e de espaço que o ensino a distância me dá, senão seria impossível conciliar o estudo com o trabalho. 
No futuro, bem no futuro, espero inverter novamente o meu papel... 

segunda-feira, 20 de abril de 2015



Bibliografia anotada – Personal Learning Environments

Buchem I. e Koskien T., (2013), Issue no. 35 Personal Learning Environments, acedido a 18/04/15 http://www.openeducationeuropa.eu/en/paper/personal-learning-environments#

A Edição de Novembro de 2013 da Open Education Europe é dedicada aos Personal Learning Environments. O editorial desta edição, escrita por Buchen I. e Koskien T., expõe-nos em poucas palavras a origem destes novos contextos de aprendizagem.
Para os autores as inovações ao nível das aprendizagens exigem que os alunos desenvolvam as suas estratégias para apoiar o seu estudo, utilizando novas ferramentas. Estas estratégias podem não só ser utilizadas em módulos de aprendizagem mas também em qualquer situação da vida (aprendemos durante e com a própria vida…)
Com os PLEs, o objetivo será projetar e organizar a própria aprendizagem, por isso, estes estão centrados no próprio aluno e promovem a autonomia. Outro aspeto importante referido é que estes pressupõem que a aprendizagem não está localizada num tempo/espaço específico mas é um processo contínuo.
Os autores concluem que os PLEs desafiam os paradigmas tradicionais e dominantes na aprendizagem. Este editorial serve para introduzir os vários artigos que apresentam práticas emergentes como a utilização de dispositivos móveis e a gamification. Mas não se resume a isso, é sem dúvida uma síntese clara e objetiva dos PLEs, útil para quem inicia a sua pesquisa sobre os mesmos.

Mota J., (2009), Da web 2.0 ao e-learning: aprender na rede, acedido a 18/04/15 http://orfeu.org/weblearning20/cap5

Texto escrito por Mota J. que dedica o capítulo 5, da ”Web 2.0 ao e-Learning 2.0: aprender na rede”, aos Personal learning environments. Dividido em quatro partes, a saber: 5.1 – Origens e fundamentos, 5.2 – Definições, caraterísticas e representações, 5.3 – Que articulação entre os VLEs/LMSs e os PLEs? e 5.4 – Operacionalizações; este capítulo apresenta uma reflexão profunda e fundamentada sobre o tema.
Desde as origens até a exemplos de operacionalização destes ambientes, a abrangência é profunda e esclarecedora.
Por exemplo, na primeira parte o autor apresenta-nos o PLE como resultado de uma convergência de aspetos referentes às mudanças sociais e culturais provocadas pelo desenvolvimento tecnológico, apoiando-se em Downes (2005), Mota defende que o eLearning se encontrava num impasse entre os Sistemas de Gestão de Aprendizagem e os Ambientes Virtuais de Aprendizagem, fechados e veiculando visões tradicionais do ensino e da aprendizagem que não respondiam às novas necessidades dos alunos que utilizam a rede como veículo de aprendizagem.
Uma leitura obrigatória para quem quer aprofundar os PLEs e a sua articulação com os Virtual Learning Environments e os Learning Management Systems.

domingo, 12 de abril de 2015

O papel do professor no ensino a distância

Aqui fica um prezi que resume as leituras realizadas na bibliografia anotada.

http://prezi.com/d_1ax2htjz0c/?utm_campaign=share&utm_medium=copy&rc=ex0share

segunda-feira, 30 de março de 2015

Bibliografia Anotada







 
Morgado, L. (2001). O papel do professor em contextos de ensino online. Acedido a 27/03/15. http://www.univ-ab.pt/~lmorgado/Documentos/tutoria.pdf

Artigo publicado por Lina Morgado, em 2001, neste artigo a autora apresenta-nos as suas reflexões sobre o papel do professor no sistema de ensino a distância.
A autoria parte da natural existência das novas tecnologias na nossa vida, na vida dos docentes e da sua adaptação/fracasso/sucesso com as mesmas. Ponto essencial para Morgado: o sucesso da educação a distância não depende unicamente da inovação no campo tecnológico mas sobretudo da natureza pedagógica e organizacional do sistema e este será o desafio da 3ª geração do EaD.
A aprendizagem surge neste artigo inserida no paradigma construtivista e numa perspetiva colaborativa, sendo esta apresentada como extremamente vantajosa. Após a apresentação de vários modelos educativos online, conclui-se que a verdadeira chave do sucesso centra-se na atuação do professor.
A conclusão final da autora, muito bem fundamentada e justificada, é que se torna necessário repensar a formação docente centrando-a, não em aspetos tecnológicos mas sim em aspetos pedagógicos. Este é um artigo fundamental para que os docentes, habituados a um contexto presencial, se apercebam da realidade online, nomeadamente de aspetos bem concretos da prática online.


Barros, C. e Morais, S. (2013). O professor no processo de ensino aprendizagem: novas tecnologias, novos caminhos. Acedido a 27/03/15.http://www.atenas.edu.br/faculdade/arquivos/NucleoIniciacaoCiencia/REVISTAS/REVIST2013/6%20O%20PROFESSOR%20NO%20PROCESSO%20DE%20ENSINO%20APRENDIZAGEM%20NOVAS%20TECNOLOGIAS,%20NOVOS%20CAMINHOS.pdf

Neste artigo a temática do papel do professor no ensino a distância surge como um desenvolvimento natural da presença das novas tecnológicas na vida dos jovens. O processo de ensino-aprendizagem terá, naturalmente, de seguir esta tendência.
No capítulo 1.3 – Educação Online – os autores referem-se especificamente ao contexto online, justificando que o mais importante, em qualquer contexto, na relação entre aluno/professor é o diálogo. Os autores apresentam uma reflexão pertinente sobre a utilização das redes sociais no ensino (uma ótima oportunidade para os docentes lançarem discussões sobre os temas de aula). Reflexão interessante, pois os docentes até utilizam as redes sociais só que na maior parte das vezes recusam usá-la com os seus alunos (por privacidade?). A conclusão a que os autores chegam é que a negação da tecnologia no meio educacional seria a negação da cultura com a qual os alunos estão familiarizados. O que nos deixa a pensar na questão: será que parte do insucesso escolar não se poderá explicar por este fator?